No comprimento do dever
Todas as revistas femininas que consultara às escondidas lhe diziam que o tamanho não importava (à excepção de uma ou duas que afirmavam o contrário só pelo arrojo da posição). As mulheres a quem se atrevera a perguntá-lo sorriram-lhe da almofada ao lado e disseram-lhe que não importava nada, que não se preocupasse com isso, que estava muito bem assim. Tal veemência convenceu-o do contrário. Passou anos amargurado. Começou a olhar de soslaio para colegas de ginásio, desesperado por confirmar o que já sabia e arriscando-se a que pensassem dele o pior.
Um dia, depois de ler um artigo de jornal sobre o assunto, decidiu-se a recorrer a uma cirurgia correctiva. Não lhe importava a dor, o desconforto, o medo do que pudesse correr mal. Submeteu-se à operação, que correu na perfeição e, depois de acordar da anestesia, sorriu como há muito não fazia.
No Verão seguinte, pela primeira vez desde a adolescência, pôde usar calções sem escandalizar ninguém.
2 Dichotes:
At 6:13 da tarde, Anónimo said…
Mais uma vez a tentar enganar o pessoal... e eu mais uma vez a cair!!! Sou mesmo previsivel!
At 1:56 da tarde, Anani said…
Ahahahahah
Tens mesmo jeito para isto :-)
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